Tradições

Pesca

A cidade da Nazaré é conhecida mundialmente pelas suas ondas enormes, sendo o destino de eleição de muitos surfistas e turistas durante todo o ano.

A Nazaré, aproveitando toda a magia do mar que a rodeia, ainda mantém viva uma das mais antigas tradições portuguesas, a pesca. 

Atualmente o turismo é o principal fator de crescimento económico, no entanto durante muitos anos, a pesca foi a atividade principal da vila.  

Apesar de ser uma profissão arriscada esta era, e ainda é, o único sustento de inúmeras famílias da Nazaré. Quando os pescadores chegam às praias, com os barcos e redes cheias de peixe, as mulheres começam a vender o peixe apanhado pelos maridos e filhos,  afirmando ser o peixe mais fresco do mar.

Nos dias menos afortunados para as famílias de pescadores, a técnica  de conservação do peixe era uma mais valia, tornando-se atualmente uma iguaria apreciada por muitos. O peixe é lavado e passado por uma salmoura, onde de seguida é estendido no estandarte (rede), virado para sul, de forma a que o peixe fique ao solo a secar durante 2 a 3 dias. 

Agora, as tradições antigas unem-se ao surf, onde milhares de pessoas vindas de todo o mundo podem desfrutar deste tesouro magnifico de Portugal.

7 saias

As setes saias são mais uma das muitas tradições e lendas da zona.

As sete saias que as nazarenas vestem estão relacionadas com o mar. As mulheres, ao esperarem na praia pelos homens do mar, de forma a não estarem expostas ao frio e ao sol durante horas, cobriam-se com o traje das sete saias.

Segundo muitos, as sete saias também eram utilizadas para ajudar a contar as ondas do mar. As mulheres sabiam que, de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava e o barco encalhava no raso, assim, as mulheres contavam através das suas saias o tempo para os pescadores chegarem a terra. 

Pode-se afirmar que a utilização deste traje feminino está associado a razões estéticas, onde as setes saias afinam a cintura e arredonda as ancas, melhorando visualmente a silhueta das mulheres. 

O traje das setes saias perdura até hoje, no entanto num menor número de saias.